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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Não dá para entrar na competição e pensar em perder, afirma Sérgio Rezende sobre Oscar

“Não dá para dizer que a gente entra em uma competição pensando em perder”. Assim o diretor Sérgio Rezende define a sua sensação ao ter seu 12º longa-metragem Salve Geral escolhido como o representante brasileiro para tentar uma vaga entre os cinco indicados ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2010.

O diretor falou por telefone do Rio de Janeiro com o Cineclick logo após a escolha, anunciada nesta sexta-feira (18/09). Rezende virá para São Paulo na segunda-feira (21) para participar da pré-estreia.

Salve Geral, que retoma por meio de uma professora de piano (Andréa Beltrão) o dia em que São Paulo parou por causa do PCC, venceu outros nove candidatos. “Eu não consegui assistir aos outros filmes porque estava filmando”, afirmou, ressaltando que conseguiu assistir a Jean Charles, um dos candidatos.

Pelo segundo ano consecutivo, o comitê de seleção do Ministério da Cultura escolhe um longa baseado em fatos reais. Na última edição, o candidato foi Última Parada 174, de Bruno Barreto, que não ficou entre os cinco indicados.

Para Rezende, a escolha consecutiva de dramas baseados na realidade não indica que apenas esses filmes têm espaço no Exterior. “Filme é filme, mas desde que o cinema foi inventado que os filmes falam de seus países. Para citar apenas dois exemplos: Eisenstein, com O Encouraçado Potemkin e Alexandre Nevsky, e D.W. Griffith, com O Nascimento de Uma Nação”.

Antes da escolha para ser o representante brasileiro à vaga ao Oscar, Salve Geral seria lançado com cerca de 150 cópias. “Agora, vamos reavaliar o lançamento”, explica o diretor. A certeza é que o longa vai chegar a todas as capitais brasileiras.

O carioca Sérgio Rezende, de 58 anos, tem se especializado em filmes sobre personagens reais. Entre os mais notórios estão dois trabalhos de ficção sobre personagens envolvidos com a ditadura militar: Zuzu Angel, que traz Patrícia Pillar como a estilista morta, muito provavelmente pela ditadura militar brasileira em 1976, e Lamarca, sobre o ex-militar que entrou para a luta armada contra o regime – papel que coube a Paulo Betti.

Após realizar três curtas-metragens, Rezende estreou na direção de um longa em 1980 com o documentário Até a Última Gota, que recebeu o Prêmio Especial do Júri no Festival de Gramado.

Fonte:Cine Click

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